Em uma entrevista exclusiva ao Domingo Espetacular, o jornalista Roberto Cabrini confrontou o humorista Nego Di sobre as acusações de estelionato que resultaram em sua condenação a 11 anos e oito meses de prisão. Foi o primeiro posicionamento público de Nego Di após deixar a prisão, e o clima foi de perguntas diretas e respostas controversas.
Aos 11 anos de prisão, Nego Di enfrentou questionamentos incisivos sobre o golpe financeiro envolvendo a loja virtual Tadizuera, responsável por enganar mais de 370 compradores. Quando Cabrini indagou se Nego Di admitia ter agido de má fé ao divulgar a loja como sua nas redes sociais, o humorista minimizou o envolvimento, afirmando que tinha sido enganado por um ex-sócio, a quem chamou de “estelionatário profissional”.
Outro ponto polêmico abordado foi a alegada “doação simbólica” de R$ 1 milhão anunciada por Nego Di em favor das vítimas de enchentes no Rio Grande do Sul. Segundo documentos bancários, o valor real enviado foi de apenas R$ 100. Pressionado por Cabrini, Nego Di admitiu ter mentido, defendendo que se tratava de um valor simbólico para gerar impacto positivo. Ele ainda mencionou que pretendia pagar o restante parcelado.
Durante a entrevista, Nego Di também relatou os desafios enfrentados na prisão: perdeu 33 quilos, ficou até 72 horas sem se alimentar corretamente e passou por momentos de profunda humilhação. “Fui para o pior lugar que o ser humano pode ir, pior que aquilo, só o cemitério”, afirmou.
Atualmente, Nego Di depende do apoio financeiro da esposa, e seus bens permanecem bloqueados pela Justiça. Ele reforçou que pretende reconstruir sua vida e pede que seja tratado com justiça, destacando seu arrependimento e a intenção de reconquistar a credibilidade.
Referências